Capela Santo Antônio – Tonon

Em 1921, o bairro Jaguari já estava povoado por inúmeras famílias de origem italiana,

que possuíam pequenos sítios ou eram colonos de outros sitiantes.

O senhor Antônio Bordignon, italiano, com aproximadamente 30 anos, era colono do

senhor José Vieira. Tendo sido contaminado com varíola (na época doença chamada

popularmente de bexiga preta e altamente mórbida) veio a falecer.

Com a inexistência de cemitério no bairro, os corpos costumeiramente eram levados

para sepultamento no cemitério de Espirito Santo do Pinhal.

Como a doença estava disseminada, a cidade tinha proibido a entrada de corpos de pessoas mortas pela enfermidade.

Criou-se naquele instante uma grande confusão, pois seria impossível sepultar o senhor

Antônio em Pinhal.

Apesar disso, foi mandado uma pessoa a cavalo até aquela cidade para certificar-se de

que a proibição era de fato rígida.

Com a demora deste emissário para trazer a resposta, deu-se o início ao translado do

corpo.

Porém, percorrido uma curta distância, o emissário encontrou o féretro e confirmou a

proibição e que sob hipótese alguma o corpo daria entrada naquela localidade.

Dada a grande exaltação e revolta dos presentes, o senhor Paolo Tonon, também

italiano, sugeriu ao senhor José Vieira, dono do local, uma solução: caso ele concordasse em

doar um pequeno espaço junto a estrada para que fosse enterrado o cadáver, ali poderia ser

construída uma capela cujo orago seria Santo António, para lembrar o senhor Antônio Bordignon.

Com a concordância do proprietário, o corpo foi sepultado e em seguida a capela construída, ainda naquele ano de 1921.

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